sexta-feira, 14 de outubro de 2011

inside

A sua música caminha dentro de mim, invade minha alma e vai me cortando levemente em pedaços assustadoramente simetricos. Ela me deixa nua, me deixa com frio tira tudo que aquecia superficialmente e me faz enxergar o resto, e o que realmente sobra? Quando ninguém mais esta aqui, quando não há ninguem que eu possa fazer sorrir e principalmente quando eu sou obrigada a carregar o peso de ser exatamente como eu sou, quem eu sou? Sem máscaras e sem sorrisos de plásticos, você consegue me mostrar exatamente as cinzas, o resto, o eu. Quando eu tenho que aceitar o que eu sou, sua música entra aqui e faz parecer que vai ser pra sempre e que nada pode me tirar desse lugar frio, claro, inundado, e fechado. Você é bom, bom demais pra mim, todos vocês são bons demais pra mim! Tão bons que são incapazes de ver o resto, e me acho sozinha nas cinzas congelas do frio que corre minha alma. Agora eu estou perdida, eu estou sozinha então eu sei que a sua música está aqui, a sua música é boa... É tão boa que ainda que me machuque não consigo parar de ouvi-la. Eu estou disposta a aprender meu bem, estou mesmo, quero transformar ‘meu bem’ em meu amor... mas aceite que o que eu sou jamais poderá ser certo.